atualizado às 20h12
O instrutor de voo livre Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, conhecido pelos amigos como Curumim, tornou-se neste fim de semana o primeiro brasileiro morto no Exterior por cumprir uma sentença judicial. Condenado por tráfico de drogas na Indonésia, ele foi executado por um pelotão de 12 fuzileiros na prisão de Nusakambangan, na cidade de Cilacap, às 15h31 deste sábado (17), 0h31 de domingo (18) no país asiático.
Marco foi executado juntamente com outras cinco pessoas, também condenadas por tráfico de entorpecentes: o holandês Ang Kiem Soel, de 62 anos, o nigeriano Daniel Enemuo, de 38, o malauiano Namona Denis, de 48, a indonésia Rani Andriani, de 39, e a vietnamita Tran Thi Bich Hanh, de 27.
O brasileiro foi considerado um traficante e condenado à morte em 2004, um ano depois de ser detido no Aeroporto Internacional de Jacarta, a capital do país. Ele estava com pouco mais de 13 kg de cocaína e conseguiu fugir, fato que foi considerado pelas autoridades locais uma ousadia, e que certamente contribuiu para que os seus pedidos de clemência não fossem aceitos.
A Presidência da Indonésia divulgou a data das execuções na última quinta-feira (15), e a partir daí amigos criaram uma petição online explicando que o instrutor tornou-se vendedor de drogas para pagar uma dívida com um hospital de Cingapura, onde precisou ficar internado depois de sofrer um acidente de parapente. Eles também enviaram diversas mensagens para o Chefe de Estado local, Joko Widodo, por meio das redes sociais. Widodo, porém, não se sensibilizou com as mesmas e nem com a ligação feita ontem pela presidenta Dilma Rousseff, que pediu "como Chefe de Estado e mãe" para que as vidas de carioca Marco e do paranaense Rodrigo Gularte, de 42 anos, que deve ser fuzilado em fevereiro, fossem poupadas. Como resposta, ouviu a lamentação do indonésio e o entendimento da preocupação, mas que sua solicitação não poderia ser atentida "pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o processo legal".
Nesta manhã, a imprensa local divulgou imagens dos familiares dos seis homens executados chegando à cidade portuária para fazerem as últimas visitas e prestarem apoio aos prisioneiros. Marco esteve com sua única familiar viva, a advogada Maria de Lourdes Archer, funcionários da embaixada brasileira em Jacarta, a capital do país, e seu advogado de defesa, Utomo Karim, pago pelo Palácio do Planalto.
Após a confirmação da morte do brasileiro, às 15h45, Dilma divulgou uma nota onde afirmou estar "consternada e indginada" e deixou claro que as relações bilaterais entre os dois países será "afetada gravemente". Ela ordenou que o embaixador do país em Jacarta volte à Brasília "para consultas".
Gularte, diagnosticado com esquizofrenia e que também responde por tráfico, deve ser executado no mês que vem ao lado de dois australianos.
O instrutor de voo livre Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, conhecido pelos amigos como Curumim, tornou-se neste fim de semana o primeiro brasileiro morto no Exterior por cumprir uma sentença judicial. Condenado por tráfico de drogas na Indonésia, ele foi executado por um pelotão de 12 fuzileiros na prisão de Nusakambangan, na cidade de Cilacap, às 15h31 deste sábado (17), 0h31 de domingo (18) no país asiático.
Marco foi executado juntamente com outras cinco pessoas, também condenadas por tráfico de entorpecentes: o holandês Ang Kiem Soel, de 62 anos, o nigeriano Daniel Enemuo, de 38, o malauiano Namona Denis, de 48, a indonésia Rani Andriani, de 39, e a vietnamita Tran Thi Bich Hanh, de 27.
O brasileiro foi considerado um traficante e condenado à morte em 2004, um ano depois de ser detido no Aeroporto Internacional de Jacarta, a capital do país. Ele estava com pouco mais de 13 kg de cocaína e conseguiu fugir, fato que foi considerado pelas autoridades locais uma ousadia, e que certamente contribuiu para que os seus pedidos de clemência não fossem aceitos.
Archer, à direita, e seu advogado de defesa, Utomo Karim, pago pelo Palácio do Planalto. Foto: Divulgação
A Presidência da Indonésia divulgou a data das execuções na última quinta-feira (15), e a partir daí amigos criaram uma petição online explicando que o instrutor tornou-se vendedor de drogas para pagar uma dívida com um hospital de Cingapura, onde precisou ficar internado depois de sofrer um acidente de parapente. Eles também enviaram diversas mensagens para o Chefe de Estado local, Joko Widodo, por meio das redes sociais. Widodo, porém, não se sensibilizou com as mesmas e nem com a ligação feita ontem pela presidenta Dilma Rousseff, que pediu "como Chefe de Estado e mãe" para que as vidas de carioca Marco e do paranaense Rodrigo Gularte, de 42 anos, que deve ser fuzilado em fevereiro, fossem poupadas. Como resposta, ouviu a lamentação do indonésio e o entendimento da preocupação, mas que sua solicitação não poderia ser atentida "pois todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia e aos brasileiros foi garantido o processo legal".
Nesta manhã, a imprensa local divulgou imagens dos familiares dos seis homens executados chegando à cidade portuária para fazerem as últimas visitas e prestarem apoio aos prisioneiros. Marco esteve com sua única familiar viva, a advogada Maria de Lourdes Archer, funcionários da embaixada brasileira em Jacarta, a capital do país, e seu advogado de defesa, Utomo Karim, pago pelo Palácio do Planalto.
Familiares fazem a última visita para Marco. Brasil, após rejeição do pedido de Dilma, recorreu ao Papa Francisco, o que também não sensibilizou Widodo, presidente indonésio que tomou posse em outubro e é muito mais radical do que seu antecessor, Susilo Bambang Yudhoyono, com quem o ex-presidente Lula iniciou as negociações. Foto: Reprodução/TV One/Reprodução/Globo News
Após a confirmação da morte do brasileiro, às 15h45, Dilma divulgou uma nota onde afirmou estar "consternada e indginada" e deixou claro que as relações bilaterais entre os dois países será "afetada gravemente". Ela ordenou que o embaixador do país em Jacarta volte à Brasília "para consultas".
Gularte, diagnosticado com esquizofrenia e que também responde por tráfico, deve ser executado no mês que vem ao lado de dois australianos.